Trabalhadores de diversas áreas estão expostos ao sol e nem sempre conhecem os riscos que esta prática pode trazer à saúde.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que anualmente, cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele são diagnosticados no Brasil, correspondendo a 30% dos diagnósticos de tumores malignos.
Pessoas que trabalham ao ar livre, expostas ao sol, estão mais vulneráveis a desenvolver o câncer de pele. Em 2016, um grupo de dermatologistas da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV, em inglês) destacou que na Europa, os trabalhadores destes setores estão sob risco de desenvolver o câncer de pele, principalmente o não melanoma.
Os resultados da pesquisa apontaram que após cinco anos de trabalho ao ar livre, as chances de ter o tumor duplicam comparado a pessoas que trabalham em lugares fechados. Por isso, as empresas devem adotar em suas instruções de segurança do trabalho o cuidado com a pele como uma prioridade.
A iniciativa da campanha é alertar os sinais do câncer, para diagnóstico e tratamento precoces, que aumentam as chances de cura.
O câncer de pele
A pele é o maior órgão do corpo humano e tem a função de revestir e proteger o organismo de agressões, como desidratação, vírus, bactérias e danos causados por fatores ambientais.
O câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõe a pele e se manifesta de formas distintas. Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, chamados de câncer não melanoma, que representam altos percentuais de cura quando diagnosticados e tratados precocemente.
Já o melanoma, é o tipo mais agressivo e potencialmente letal, mesmo não sendo o mais incidente. Ao ser descoberto em estágio inicial, o câncer de pele tem 90% de chance de cura.
Fatores de risco
A exposição excessiva ao sol e sem proteção é o principal fator de risco, pois os raios solares Ultravioleta A e B danificam a barreira protetora do órgão, desenvolvendo tumores cutâneos.
O uso de câmaras de bronzeamento que também é um agravante que desencadeia a doença, além do histórico familiar de doença de pele, exposição a herbicidas, formaldeído, clorofluorcarbono entre outros produtos tóxicos.
Pessoas de pele, olhos e cabelos claros também estão entre os fatores de risco.
O câncer de pele não melanoma pode se manifestar em feridas que sangram e não cicatrizam, localizadas principalmente em pele exposta ao sol, cicatrizes antigas e úlceras crônicas.
Já o câncer de pele melanoma em sinais antigos, em geral localizados no tronco, em homens e na perna, em mulheres, com as seguintes características: assimetria, borda irregular, cores (vermelho, preto e marrom), diâmetro maior que 6mm e evolução.
Cuidados com a saúde da pele
Pessoas que trabalham expostas no sol devem redobrar os cuidados com a pele, por isso, siga algumas orientações:
– Use protetor solar todos os dias, mesmo em dias nublados, reaplicando a cada duas horas.
– Evite a exposição por tempo ilimitado ao sol, principalmente entres as 10h e 16h, quando os raios solares são mais fortes;
– O chapéu é um grande aliado para se proteger do sol, por isso, opte por modelos com aba de pelo menos 7cm e que se estendem ao pescoço ou troco superior;
– Utilizando roupas que cubram o máximo possível da pele e que possuam fator de proteção ultravioleta (FPU);
– Óculos que absorvem 99% do espectro ultravioleta (para evitar a fotoceratite, o pterígeo, a catarata e a degeneração macular);
– Frutas, verduras e legumes têm nutrientes que ajudam a diminuir danos do sol na pele;
– O consumo de água é fundamental para manter o corpo sempre hidratado.
Dezembro Laranja em sua empresa
Assim como as campanhas do Outubro Rosa e Novembro Azul, o Dezembro Laranja traz a discussão um dos tipos mais comuns de câncer no Brasil e tratar sobre este tema é essencial para as empresas. O engajamento com os colaboradores faz com que as campanhas unam os times e desenvolvam um ambiente cada vez mais saudável.
Campanhas de prevenção ao câncer devem ser desenvolvidas de forma contínua e dinâmica afim de educar e motivar os funcionários a adotarem medidas de proteção. O rh da empresa pode elaborar palestras com médicos para que esclareçam as principais dúvidas dos colaboradores.
A construção de ações que incentivem o cuidado com a pele e distribuição de informativos devem ser prioridade, além do incentivo a consultas médicas regulares.