Soft Skills são as competências comportamentais do candidato.
Já não basta mais, para ser contratado, ter um diploma e habilidades técnicas (as hard skills): é preciso desenvolver habilidades sociais, emocionais e comportamentais.
Cada vez mais as empresas estão atentas – e pagando caro! – para conseguir candidatos com soft skills bem desenvolvidas. Isso porque, como sabemos, o mercado está cada vez mais competitivo e as tendências das empresas é investir mais em equipes autogerenciáveis e hierarquia horizontal.
Com isso, cada profissional é dono de si e deve entender como suas atividades impactam para o outro. Vestir a camisa, ter empatia e ser responsável, também, pela construção de um ambiente produtivo e agradável.
Conheça as 5 soft skills mais procuradas pelas empresas
Você sabe que tem conhecimento técnico e teórico, ou, até mesmo, experiência suficiente para determinado cargo, e não entende o motivo de não ter sido escolhido?
Talvez, a avaliação das suas competências socioemocionais não tenham se encaixado com o perfil desejado. Por isso, listamos as 5 soft skills mais desejadas pelas empresas.
Faça um exercício de autocrítica e busca melhorar nos pontos que você sabe que não estão de acordo.
Trabalho em equipe
Você já participou de alguma seleção em que foi proposto uma dinâmica? É cada vez mais comum as empresas inserirem alguma atividade em grupo durante o processo seletivo, justamente para avaliar a capacidade do candidato de trabalho em equipe.
Mas atenção: trabalhar bem em equipe não significa nem aceitar tudo, nem “aturar” o outro.
É ter consciência da sua participação e responsabilidade para com o todo; Entender que o seu trabalho afeta diretamente o trabalho do outro, e, por isso, você deve respeitar processos, prazos e todos os compromissos assumidos.
É, também, saber assumir uma posição de liderança, quando necessário, mas sem impor suas opiniões ou executar tarefas sem escutar o grupo.
Para saber se você possui essa habilidade, faça essas perguntas para você mesmo:
- Eu participo ativamente das reuniões?
- Costumo perguntar a opinião dos meus colegas sobre o meu trabalho ou decisão a ser tomada?
- Aceito os feedbacks de maneira positiva?
- Documento corretamente meu processo, de forma a não prejudicar o meu colega em relação ao entendimento do que foi feito?
- Cumpro prazos e compromissos, permitindo que meu colega também possa cumprir os prazos e compromissos assumidos por ele?
- Me ofereço para ajudar, quando algum problema aparece, mesmo que não esteja diretamente ligado ao meu trabalho?
- Assumo ou divido a culpa, quando algum erro aparece, ou lavo minhas mãos e jogo a culpa em outra pessoa?
Se você respondeu “não” para alguma das perguntas, procure trabalhar este ponto para evoluir nessa competência.
Resolução de Problemas / Proatividade
Um profissional proativo, capaz de resolver os problemas de forma ágil, é um sonho para qualquer empresa.
O profissional que tem autonomia, confiança, responsabilidade e bom raciocínio consegue resolver a maioria dos problemas e desafios que surgem, sem precisar subir o nível hierárquico.
Para essa competência, o profissional deve ter um bom feeling, para diferenciar os problemas de alto risco e que exigem uma liderança, dos rotineiros ou simples de serem solucionados. Também precisa estar muito seguro de suas ações.
Gestão do Tempo
Você já ouviu falar de equipes autogerenciáveis? Uma das características principais deste tipo de equipe é que cada um é responsável por seu tempo.
Assim, cada um controle suas tarefas da melhor maneira pra si, desde que os prazos sejam cumpridos.
É por isso que tem tanta empresa investindo em formatos de trabalho diferenciados, como home office ou com horários mais livres. Mas, para ganhar esse tipo de autonomia, responsabilidade é fundamental.
A maior dificuldade das pessoas, frente a este tipo de liberdade, é o de saber gerenciar corretamente o seu tempo, de forma que não comprometa seus resultados.
Lembre-se que para ter liberdade, é preciso merecê-la.
Criatividade e Inovação
Com o mercado cada vez mais agressivo em termos de novos produtos e serviços, as empresas precisam se reinventar a todo o momento.
A tecnologia também vem pra mexer em processos e abrir inúmeros outros caminhos.
Por isso, um profissional criativo e inovador poderá agregar não só para a empresa, mas ganhar valor a si próprio, já que um funcionário como esse estará sempre em expansão e não será facilmente substituído.
Apostar nessas competências podem garantir um lugar privilegiado nesse mercado que exige mudanças a todo o tempo, seja para manter-se competitivo, seja para ampliar a participação no mercado.
Ética
A postura do profissional dentro da empresa tem cada vez mais valor.
Em momentos em que estamos vendo tantos escândalos de corrupção, podemos pensar que isso está longe de nós. Mas as empresas estão investimento muito em áreas como Compliance, justamente para evitar atividades consideradas ilegais ou mesmo antiéticas.
Com isso, o profissional íntegro e transparente, terá muito mais espaço.
E a ética vai desde assumir quando o erro for seu, não puxar o tapete do colega para buscar uma promoção ou falsificar dados em relatórios, até questões de relações comerciais, como preferir um determinado fornecedor ou parceiro por receber algum tipo de bônus ou benefício, ou promover aquele amigo ou parente.
Conclusão
As soft skills, ou competências socioemocionais, são mais valorizadas pelas empresas do que as hard skills (competências técnicas).
Por isso, de nada adianta você caprichar no seu currículo, inserindo diversos cursos ou conhecimentos técnicos, se não conseguir demonstrar habilidades de colaboração, responsabilidade, trabalho em grupo, ética, comunicação e criatividade, entre inúmeras outras.
Se você participou de cursos, workshops ou retiros específicos para desenvolvimento de habilidades comportamentais, destaque isso em seu currículo! O mesmo para causas que você apoia ou trabalhos beneficentes.
O recrutador de hoje em dia que muito mais saber quem você é, do que o que você sabe.
Boa sorte!